1.2.14

A Copa já começou: Black Blocs x Policia Militar

Infelizmente nesta disputa não ha vencedores ou vencidos. Perdem-se todos. Perde eu, perde você, perde a democracia. Esta partida teve inicio em 25 de Janeiro de 2014 e muito provavelmente se extendera até 13 Julho deste ano.
Após os protestos de junho de 2013, o povo voltou às ruas de 14 cidades do País no último sábado, 25, para fazer passeatas contra a Copa do Mundo. A segunda leva de manifestações não atraiu tantas pessoas quanto as marchas do ano passado, mas tem um foco bem específico, promete ter fôlego até julho e mostra uma participação mais efetiva dos Black Blocs.
O lema escolhido pelo movimento, "Não vai ter Copa", pode soar como uma demanda irreal. Quem participa dos protestos, porém, acredita que pode ao menos tentar atingir o objetivo. Se não for possível impedir a realização de um jogo, é provável que se crie tumulto suficiente para preocupar as autoridades e

chamar a atenção da imprensa internacional.


Os Black Blocs assumiram, na manifestação de sábado, em São Paulo, parte do espaço que era ocupado pelo MPL (Movimento Passe Livre), principal motor das manifestações de junho. Pessoas que se identificam como sendo parte do grupo revelaram ao UOL Esporte que atuaram na divulgação do evento por meio do Facebook desde o fim de dezembro e ajudaram a colar cartazes e fazer pichações pela cidade com o objetivo de chamar as pessoas.

Já na passeata, jovens que cobriam o rosto com máscaras ou camisetas pretas formavam a linha de frente do protesto, indicando o roteiro que deveria ser seguido. Os Black Blocs costumam ficar à frente das manifestações e afirmam que só atacam se forem agredidos pelos policiais. No meio do caminho, lixeiras foram quebradas e vidros de agências bancárias, apedrejados. Um Fusca que tentou passar por um colchão pegando fogo no meio da rua foi incendiado.

"A gente não ataca a pessoa, o trabalhador, o manifestante. Se é para quebrar alguma coisa, é a propriedade do Estado que não nos representa, ou só representa uma parcela pequena da população e oprime a maior parte. A gente quebra um banco, que não nos representa também", disse um ativista do grupo, de 20 anos, que pediu para não ser identificado. 


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